A Secretaria Municipal de Assistência Social, por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), promoveu uma roda de conversa que faz parte da iniciativa "Piraí contra a homofobia". O encontro aconteceu na manhã de terça-feira (28) no auditório do Ceamtec e foi voltado para profissionais das secretarias de Assistência Social, Educação e Saúde.
O propósito principal é ampliar o debate sobre o tema e seus conceitos, a fim de construir estratégias de combate à discriminação ao público LGBTI+ e aprimorar os atendimentos realizados a esta população pelos órgãos qualificados. A coordenadora de a Proteção Social Basica e Especial Cristiane dos Santos Alves iniciou a roda de conversas destacando os casos que o Centro de Referência Especializado de Assistência Social vem recebendo envolvendo homofobia (crimes ou atitudes discriminatórias que tenham como motivação ódio a homossexuais, transexuais e outros).
A assistente social afirma que ainda são poucos os que chegam, se comparados à realidade que o público tem de lidar no cotidiano, por isso a importância da qualificação e sensibilização dos profissionais. "É preciso acolher com qualidade as pessoas que sofrem desses crimes e violências. Nós é que precisamos aprimorar nosso atendimento, não só ao público LGBTI+, mas a toda população que de alguma forma se sinta excluída", disse.
De acordo com a coordenadora do Creas Piraí Raquel de Souza Costa, a iniciativa partiu do procurador da República em Volta redonda Júlio José Araújo Jr. "A recomendação aos municípios é a de que iniciassem discussão e articulação entre os setores da Saúde, Educação e Assistência Social para pensar estratégias de acolhimento e fluxo de atendimento a este público, que tem visto o aumento da violência e intolerância", disse.
Também estiveram presentes os representantes do movimento "VR sem Homofobia", no intuito de promover a capacitação dos funcionários e debater estratégias como ressaltou o coordenador Natã Teixeira. "Procuramos trabalhar os conceitos básicos e trazer dados sobre a homofobia, que embora não seja considerada crime no Brasil, traz números alarmantes. A intenção é abrir o diálogo para que, através da troca de experiências, possamos traçar orientações no sentido do acolhimento e também para construirmos juntos políticas públicas satisfatórias ao público LGBTI+."