A Secretaria de Saúde de Piraí informa que, no início da noite desta segunda-feira, dia 29, recebeu a confirmação de cinco casos de Febre Oropouche no município. A confirmação foi realizada pelo Laboratório Central Noel Nutels (Lacen) e pelo laboratório de referência da Fiocruz. Os casos foram registrados entre os dias 9 e 18 de abril e foram identificados nas unidades da Cacaria (três casos) e no Hospital Flávio Leal (dois).
A secretária municipal de Saúde, Giane Gioia, ressalta que todos os casos serão investigados minuciosamente pela Vigilância Epidemiológica.
Além dos casos registrados em Piraí, outros municípios do estado do Rio de Janeiro também tiveram confirmações de Febre Oropouche, incluindo Japeri, Valença e Rio de Janeiro. A Secretaria de Estado de Saúde está conduzindo investigações para determinar se os casos são autóctones (transmissão local) ou importados (quando a transmissão ocorre em outro território).
Os sintomas da Febre Oropouche são semelhantes aos da dengue, com duração de dois a sete dias, e incluem febre de início súbito, dor de cabeça intensa, dor nas costas e na lombar, dor articular, tosse, tontura, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos. Não há tratamento específico, sendo recomendado repouso, tratamento sintomático e acompanhamento médico.
A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, ressalta que o vírus da Febre Oropouche é endêmico na região amazônica e apresenta períodos de surto, com letalidade baixa. Os municípios devem seguir a conduta médica adotada nos casos suspeitos de dengue.
A SES, em parceria com os municípios afetados, realizará investigações epidemiológicas nos casos positivos para Febre Oropouche, além de investigações entomológicas (captura de mosquitos) nas áreas com casos confirmados.
*Primeiro caso confirmado em fevereiro deste ano*
O primeiro caso de infecção por Febre Oropouche no estado do Rio de Janeiro foi reportado no final de fevereiro à Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Tratava-se de um homem de 42 anos, morador do bairro do Humaitá, na Zona Sul da capital, que havia viajado para o Amazonas. O paciente não precisou ser hospitalizado durante o período da doença e se recuperou. Esse caso foi considerado importado, após análise do histórico de viagem do paciente ao estado do Amazonas, que já registrava um aumento expressivo no número de casos nos primeiros meses de 2024.