Na última quinta-feira (19) a Secretaria Municipal de Assistência Social promoveu uma palestra sobre o Programa de Apadrinhamento do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, ministrada pelo Exmo Juiz de Direito Sérgio Luiz Ribeiro de Souza. O programa será implementado na Unidade de Acolhimento Casa Abrigo Leonardo Nicolau Borges de Oliveira Filho de Piraí.
O juiz explicou que o programa busca propiciar a crianças e adolescentes - em medida de acolhimento institucional com esperanças remotas de reinserção familiar e adoção - a oportunidade de construir laços de afeto e apoio material, com possibilidade de amparo educacional e profissional, envolvendo pessoas da sociedade civil que tenham disponibilidade emocional e/ou financeira para se tornar padrinho ou madrinha.
"A Casa Abrigo de Piraí presta um excelente serviço de acolhimento de acordo com as normas técnicas nacionais. E agora, priorizando o Projeto de Apadrinhamento, que é capaz de beneficiar crianças e adolescentes que não tem possibilidade de adoção e reintegração familiar, dando a oportunidade de transformas não só a vida deles, mas de quem também disponibiliza seu afeto, seu trabalho", disse o juiz Sérgio Luiz.
"As crianças e adolescentes carecem de afeto, e também de questões materiais para desenvolvimento. O Apadrinhamento vem suprir essas lacunas que os acolhidos tem dentro da Unidade. É uma oportunidade de uma vivência extra muros para elas, de vivenciarem o que não tiveram dentro de casa, trazendo de uma certa forma mais dignidade e felicidade para eles", disse a coordenadora da Casa Abrigo de Piraí Nayane Teixeira.
São três os modelos de apadrinhamento:
- Afetivo - modelo no qual os padrinhos ou madrinhas visitam regularmente os afilhados, desenvolvem passeios regulares com a criança ou adolescente, acompanham suas rotinas escolares, enfim realizam atividades de aproximação e convívio pessoal, estreitando relações.
- Provedor - os padrinhos ou madrinhas oferecem suporte material ou financeiro a crianças e adolescentes ou às instituições de cuidado, contribuindo para a conclusão de cursos, projetos, doações de materiais ou reforma de espaço físico, entre outros.
- Prestador de Serviço - neste modelo, os padrinhos ou madrinhas são aqueles que se cadastram com o interesse de oferecer serviços ou conhecimentos, conforme a sua especialidade de trabalho ou interesse. Ensino de línguas, dança, esporte, entre outros.
Os interessados devem estar dentro de normas pré-estabelecidas e passar por preparação para o processo, que é diferente da adoção. O processo será desenvolvido juntamente à secretaria e à unidade de acolhimento.
"A desigualdade social acaba por originar situações deste tipo, em que famílias precisam do apoio do governo para lidar com suas crianças, com suas famílias. O esforço do município hoje é na prevenção e acolhimento da criança e do adolescente em todos os sentidos. Nossas políticas públicas voltadas para Educação, Saúde e Assistência Social buscam construir um tecido social melhor, pois entendemos que só assim podemos avançar todos juntos enquanto sociedade", concluiu o prefeito Dr. Luiz Antonio.