A 1ª FLIPIR – Feira Literária de Piraí, que começa amanhã, a partir das 17 horas, na Praça da Preguiça, no Centro, trazendo como uma de suas atrações um stand dedicado à Literatura de Cordel, na figura do escritor e poeta barrense Vicente de Paula.
Vicente de Paula, conhecido como o Lampião de Barra do Piraí, faz questão de se caracterizar como tal e estará presente durante toda a realização do evento, contando um pouco da sua história e da Literatura de Cordel, expondo e vendendo seu trabalho que totaliza 62 publicações alusivas aos mais diversos temas.
Como explica o autor, o prazer de escrever chegou já na maturidade, aos 46 anos, no tempo em que viveu na cidade de Marabá (1996-2012), quando possuía uma banca na feira para consertos de relógios.
“Apesar de pouco estudo, sempre gostei de escrever. Fiquei apenas um ano e meio na escola, pois logo fui expulso por mau comportamento. Sempre tive o sonho de publicar meus Cordéis, mas o custo da gráfica era muito alto. Em 2006 consegui publicar o primeiro com o título Feira de Marabá. O segundo veio no ano seguinte, Marabá 95 anos de História”, relata Vicente de Paula.
Apaixonado pela arte, em 2008, Vicente de Paula juntou suas economias e conseguiu comprar um computador e uma impressora, passando a produzir ele mesmo suas publicações e vende-las em sua banca na feira.
Em 2012, preocupado com a violência em Marabá, Vicente resolveu retornar à Barra do Piraí, onde mora e ganha seu sustento através da venda de sua obra e doces caseiros. Seus Cordéis custam R$ 2,00.
A 1ª Feira Literária de Piraí começa no dia 6 de agosto, quarta-feira, a partir das 17 horas e vai a 9 de agosto, no horário das 10 às 20 horas, na Praça de Preguiça.
Veja a programação da 1ª Feira Literária de Piraí
Um pouco sobre a Arte do Cordel
A Cultura de Cordel surgiu com a popularização da impressão de relatos orais durante o Renascimento, por volta do século XVI. Esse tipo de literatura recebeu o nome de Cordel devido ao método utilizado para dispor as publicações para a comercialização, pendurados em cordões ou barbantes.
As obras geralmente escritas em formas de versos chegaram ao Brasil logo no início da colonização portuguesa se popularizando rapidamente nas regiões do Norte e Nordeste.